sexta-feira, 17 de julho de 2009

Prêmio Estadual 2008 - Parte II

Encaminhei uma carta a SEEC com seis cópias, pedindo que as enviassem a Comissão Julgadora. Porém o jurídico não as encaminhou... O sr. Aloísio Douglas Miecznikowski respondeu dizendo que estavam cientes de que os apontamentos foram ofensivos e me causaram danos de natureza moral, e que eu poderei buscar a devida reparação por vias próprias. Também fez um comentário: "É lamentável que a autora do projeto tenha se sentido aviltada, mas quando um criador torna pública sua criação, deve estar ciente que está sujeita a crítica, a incompreensão, a censura." Foi nesse momento que tomei ciência de que havia tornado minha criação pública, ou seja: Todos e/ou qualquer um tem acesso a ela! Eu que pensava que apenas a Comissão Julgadora, que é composta, ou deveria ser, por pessoas com notório conhecimento na área, é que teriam acesso a ela. Pensava também que a SEEC tivesse o cuidado de proteger a propriedade intelectual das pessoas que se inscrevem para esse concurso. Tenho certeza que muitos não gostariam de ter seus projetos lidos por outros... Já que é público, pedi para ler vários projetos(você também pode pedir para ler os projetos que quiser), "vencedores" e não vencedores... Pedi também para ler os projetos "vencedores" do concurso anterior... E li. Já estive três vezes na SEEC lendo projetos... Por isso me surpreendi quando recebi um e-mail onde a produção de um dos filmes “vencedores” estava atrás de figurantes que quisessem trabalhar de graça. Eu havia visto orçamento para figurantes! Mais tarde o produtor entrou em contato comigo dizendo que o que estava orçado era para uma figuração específica. Na realidade eles precisavam de exatos 1.336 figurantes... Ser profissional não é só pagar cachê, é ser honesto com o projeto,com as pessoas. É não agir de má fé, é dar estrutura para as pessoas trabalharem... Se não foi orçado cachê para essas pessoas, também não foi orçado alimentação, pois no projeto está duas refeições para 45 pessoas 37 dias. Como vão alimentar esses exatos 1.336 figurantes? _ Não vão alimentar!! Conheço um rapaz que foi trabalhar de graça fazendo figuração para eles. Chegou às 9h00(como foi solicitado)embora a equipe só tenha chego as 10h30 e foi embora às 15h30(haviam dito que a filmagem terminaria as 11h00). O lanche: 1 garrafa de café, 1 garrafa de chá e um pratinho com bolachas, claro que ele nem conseguiu chegar perto da “comida” e ela já havia acabado...

Novamente recebo e-mail sobre produção de outro filme “vencedor” desse prêmio. Agora estão atrás de atores. Cachê: Duas diárias de C$ 35,00. É para elenco de apoio. Mais uma vez me surpreendo! Eu li o projeto, cheguei a anotar algumas coisas em meu caderno. O orçamento para elenco de apoio é C$350,00. Sim, esse é um caso para a Procuradoria do Estado, com certeza aqui está apenas a pontinha do Iceberg...
É conveniente ter alunos da ESCOLA SUPERIOR SUL AMERICANA DE CINEMA E TV DO PARANÁ ganhando esse prêmio, como também é conveniente ter a coordenadora dessa mesma escola fazendo parte da Comissão Julgadora...

Prêmio do Estado 2008

Apesar de tudo que já havia ouvido falar sobre o Prêmio Estadual de Cinema e Vídeo, resolvi fazer um projeto para a 3ª edição, pois muitos amigos diziam que eu deveria tentar... Quando fui pegar a assinatura da pessoa que criaria a trilha comentei: _ Eu não acredito nesse prêmio, ainda não sei se vou mandar o projeto... No último dia de inscrição acabei mandando... Quando saiu o resultado fiquei em 7º lugar. Achei até bacana, afinal era o 1º projeto que fazia sozinha, não faço parte de panela nenhuma, e havia ficado em classificação melhor do que alguns que fazem projetos para leis e concursos há anos... Porém ao retirar os projetos da SEEC deparei com anotações bastante suspeitas. Me pergunto: -O que é que estava sendo analisado?? A sensação que tive e tenho até hoje é que estavam tentado achar motivos para desqualificar meu projeto. Anotações como: A quem interessa? Quem garante? É aula? Nem toda crença popular tem “valor antropológica” (aqui, esse senhor assinou o atestado de burrice), Oh god! (chacota), entre outras anotações... Sem falar que esse senhor deu fraco no currículo do Fernando Marés de Souza, um profissional com participação em 16 obras de longa metragem, mais de 40 obras de curta metragem e várias atividades ligadas ao audiovisual... Então me digam: _ Dá para acreditar que esse concurso é sério???

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Prêmio do estado 2005

Pouca coisa sei sobre o Prêmio do Estado 2ª edição. Na memória o “vencedor” do hum milhão: WG7 (Mônica Rischbieter e Gilberto Baroni). Filme: "Mistérios". Mais um prêmio anunciado... Lembro de ouvir comentários de que Lucas Amberg entraria na justiça reevindicando seus direitos. Uma pergunta pairava no ar: Quem é Mônica Rischbieter no cenário cinematográfico? Pobre Lucas, como vencer os “amigos do rei”?? Essa batalha estava perdida...
Não bastasse o prêmio do estado, em 2008 o filme “ganhou” prêmio de melhor direção (110 mil reais,o maior prêmio já pago em um festival) no 3º Festival do Paraná de Cinema Brasileiro Latino. José Mojica, conhecido como Zé do Caixão, estava lá e protestou... Acredito que este protesto lavou a alma de muitos, que inconformados com tanta falta de ética, ficaram surpresos, indignados e deprimidos com tal premiação! Em Festivais de Cinema em Curitiba, a AVEC trata de cuidar para que os grandes prêmios fiquem no Paraná... Lembro de outro Festival em que o prêmio foi um carro, adivinha de onde era o filme "vencedor"??

"Corpos Celeste"

Hoje é mais um daqueles dias em que estou pensando no “Prêmio Estadual de Cinema e Vídeo do Paraná”. Lembro bem da 1ª edição . Vencedores do prêmio de hum milhão: Marcos Jorge e Fernando Severo, mais de 4 anos e até agora ninguém viu o tal filme “vencedor” do prêmio de hum milhão: “Corpos Celestes”. Lembro também de alguns comentários como: Esse é um prêmio anunciado...
Relendo o REGULAMENTO vejo:
Art. 11.
IV – prazo para execução da obra que não poderá ser superior a 12 (doze) meses, contados a partir da data da assinatura do contrato;
V – penalidades pelo inadimplemento parcial ou total do contrato, que incluirão a devolução total dos recursos repassados com os acréscimos legais e multa;

Art. 12. As obras audiovisuais deverão ser produzidas exclusivamente com os recursos oriundos dos prêmios e terão em seus créditos de abertura, bem como em todas as suas peças publicitárias, a referência e/ou marca do PRÊMIO ESTADUAL DE CINEMA E VÍDEO, do GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ, da SECRETARIA DE ESTADO DA CULTURA e menção à participação do SIAPAR e da AVEC, sendo vedada quaisquer outras, ressalvando-se os agradecimentos a apoios culturais nos créditos finais, conforme orientações da SEEC. DAS DISPOSIÇÕES FINAIS.

Art. 15. A inscrição da Concorrente implicará na prévia e integral concordância com as normas estabelecidas neste Regulamento e no Edital de Concurso.

Depois de ter participado da edição nº 3 de tal “concurso”, fiquei mais atenta a ele. Comecei a buscar informações na internet... O fato de até hoje alguns filmes não terem sido lançados já me incomodava... Bem como o fato de só pessoas associadas a AVEC "venceram" o tal concurso... Até onde iria a seriedade desse prêmio? Entrei em contato com a SEEC setor CIC e perguntei sobre os filmes "vecedores". A resposta foi que quase todos foram pelo menos lançados. O filme “O Coro”, até então ela nada havia ouvido falar sobre lançamento. Já o filme “Corpos Celestes” foi informada de que ele seria lançado no Festival de Gramado. Pensei: - Menos mal. Pedi para rever alguns projetos do 3º concurso e também perguntei sobre as datas de assinatura dos contratos da 1ª edição bem como a data da entrega dos filmes finalizados... Quinta-feira dia 09 de julho tive acesso as informações que pedi. Fiquei quase uma hora lendo páginas e mais páginas dos processos até achar o que procurava... As assinaturas dos contratos da 1ª edição foram dia 24 de janeiro de 2005. A entrega do filme “O Coro” foi dia 30 de janeiro de 2006, e do filme “Corpos Celestes” foi dia 13 de julho de 2006. Continua a dúvida: Por que até agora não lançaram os ditos filmes??? Afinal existe um regulamento, eles nada mais poderão fazer, o art. 12 e o art. 15 desse regulamento estão bem claros! Ontem recebi um e-mail dizendo que dia 14 de julho o Festival de Gramado divulgou a relação dos filmes selecionados, lá está o “Corpos Celestes”, pensei: Como é que o Marcos Jorge e o Fernando Severo já sabiam que o filme seria selecionado? Eu fiquei sabendo em conversa informal com a Lia no dia 02 de julho. Não sei quando eles falaram para ela, mas se a divulgação foi só dia 14 de julho, como eles já sabiam?? Mas não acaba aqui, o Artigo 5º do capítulo III do Regulamento do Festival de Gramado reza: "Somente poderão ser exibidos nas mostras competitivas do 37º FESTIVAL DE CINEMA DE GRAMADO, filmes de longa-metragem concluídos a partir de 1º de fevereiro de 2008." Alguém pode me explicar como um filme que foi concluído em julho de 2006 pode estar competindo??

quarta-feira, 15 de julho de 2009

AVEC

Hoje dia 15 de julho de 2009 entrei no blog da AVEC. A última atualização foi dia 17 de novembro de 2008, assunto: Lançamento Juliette Revista de Cinema Edição 003. É, parece que tanto os associados como a Diretoria só lembram dela quanto lhes convém...
Trás a informação de que foi fundada em 11 de fevereiro de 1992. Acho muito curioso uma associação que existe a mais de 17 anos não ter sequer uma sede. É única e exclusivamente virtual... Não existe um endereço, um número de telefone, um nome para contato...

terça-feira, 14 de julho de 2009

"Cinema" no Paraná

Ôôôôô nada mudou...

Abaixo, parte da matéria que foi publicada no Jornal do Estado em 26 de janeiro de 2005.

Nosso cineminha Vagabundo ( Marcos Vinícius)

Em 2004 a Secretaria de Cultura do estado lançou um concurso em que oferecia C$ 1 milhão ao projeto vencedor e mais c$200 mil para dois roteiros de série para TV. Os vencedores do milhão foram os cineastas Marcos Jorge, que é paulista quando interessa e paranaense quando lhe convém e Fernando Severo (outro que vive de dar "aulas cinematográficas"). Os dois pertencem a obscura Associação de Cinema e Vídeo do Paraná (AVEC), uma entidade que está para a produção cinematográfica como o pipoqueiro está para as salas de exibição. A AVEC é uma espécie de feudo do cinema. Só quem vive à sombra dela goza das benesses do poder.
Jornal do estado, 26 de janeiro de 2005